segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Vice-presidente de Gestão de Pessoas do BB, Robson Rocha, usa o VOTO DE MINERVA para aprovar BÔNUS de R$ 500 mil para a diretoria da Previ

Os representantes do Banco falam muito em ética, mas o discurso é bem distinto da realidade. O Conselho Deliberativo da Previ, que tem metade de representantes eleitos pelo funcionalismo e metade indicado pelo Banco, aprovou, em 31/07/14, as regras que destravam o pagamento de um bônus retroativo aos diretores da Previ. Essa decisão aconteceu apenas devido ao voto de minerva do Presidente do Conselho, Robson Rocha, que é indicado pelo BB. Segundo nota da diretoria da Previ, este bônus corresponde ao programa de remuneração variável para equiparar os diretores da Previ aos executivos do Banco e o Conselho Deliberativo aprovou os “indicadores de desempenho de gestão" que servirão de parâmetro para o seu pagamento. Em 2013, ano pelo qual cada diretor fará jus a seis salários de bônus, a carteira de investimentos da PREVI sequer atingiu a meta atuarial dos planos de benefícios. O BET (Benefício Especial Temporário), recebido pelos aposentados do Plano 1, foi cortado por conta desse desempenho. 

Os salários dos executivos do Banco são uma afronta quando comparados ao piso salarial da categoria. Mais absurda ainda é a equiparação da remuneração dos diretores da Previ a dos executivos do banco e o pagamento deste bônus. A Previ não é banco e não foi construída para gerar lucro.

O Presidente da Previ recebe mensalmente vencimentos brutos de R$ 52.607,05, aproximadamente dez vezes a média dos benefícios pagos pela PREVI aos aposentados do Plano 01.  O bônus, que pode chegar a R$ 500 mil por semestre, amplia em muito essa diferença.

Ao mesmo tempo, muitos colegas do Banco estão passando por dificuldades em decorrência da extinção do BET e do retorno das contribuições do Plano 1. Há relatos de colegas aposentados que sofreram despejos ou foram obrigados a vender a casa própria para pagar dívidas. Há também uma procura dos aposentados às agências para renegociar dívidas por conta da desorganização financeira causada pelo fim do BET.

É vergonhoso que esta decisão tenha sido adotada sem qualquer consulta ao corpo de associados. As diretorias da Previ e do BB nos consultam, através dos plebiscitos, apenas quando querem formalizar os acordos de apropriação de superávit.

No Rio de Janeiro os membros do MOVIMENTO NACIONAL DE OPOSIÇÃO BANCARIA/ CSP-CONLUTAS,  ESTARÃO PRESENTES NO ATO EM FRENTE À PREVI, no dia 20/08, às 12h, exigindo:

- Que o governo Dilma se pronuncie e reverta esta decisão. Que o atual Presidente da Previ e o Presidente do Conselho Deliberativo sejam destituídos dos seus cargos.

- Que enquanto o pagamento do bônus não é anulado, os DIRETORES ELEITOS devolvam os valores recebidos aos cofres da Previ.

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