QUAL DEVE SER A PRINCIPAL REIVINDICAÇÃO DA CAMPANHA SALARIAL?

A campanha salarial deste ano já começou, e para acolher as expectativas dos bancários estamos realizando uma enquete para saber o que cada um espera.

CONFIRA O CANAL DE VÍDEOS OLHAR DA BASE

A Oposição Bancária de BH e Região está trabalhando na produção de vídeos para manter a categoria informada das atividades da greve. Visite nosso canal no YouTube e confira!

ISONOMIA JÁ!

O que é essa tal de Isonomia? O que eu ganho e o que eu perdi?

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

E a campanha salarial?

Os bancários de todo o país foram surpreendidos com a divulgação de um novo calendário de negociações que se estende até o dia 02/10. A apresentação da proposta econômica da Fenaban se dará no dia 19/09, mas há negociações agendadas com alguns  Bancos em 26/09 (BB ), e 02/10 ( Banrisul). As negociações têm sido uma verdadeira enrolação, sem que os Bancos apresentem qualquer proposta.

Para acabar com a enrolação é necessário mobilizar os bancários. No calendário divulgado pela Contraf não há qualquer orientação de convocação de assembleias. Os dias de luta são construídos pelas diretorias dos Sindicatos, sem qualquer fórum de base, não permitindo o envolvimento da categoria

No ano passado, a assembleia que votou o indicativo de greve dos bancários ocorreu em 12/09. Já passamos desta data e  não temos assembleia marcada  e nem sabemos quando vai ocorrer.

Enquanto isto, a Contraf CUT está bastante dedicada a turbinar a campanha de Dilma .

Para nós do MNOB, o fato de que o cenário eleitoral esteja embolado é um elemento QUE NOS DÁ MAIOR POTENCIAL DE PRESSÃO. Neste momento, há um debate entre as duas candidatas mais bem pontuadas (Dilma e Marina). Cada uma delas afirma que a outra é "amiga dos banqueiros". E, ao mesmo tempo, cada uma quer distanciar sua imagem dos bancos. Precisamos exigir de Dilma (que é nosso patrão no BB e na Caixa) que demonstre de que lado estará na mesa de negociação: do lado da Fenaban ou dos bancários.

Há um grande debate sobre o tema da autonomia do Bacen. A CUT acerta ao dizer que um país entregue aos banqueiros é prejudicial à população . Porém, o que a CUT não denuncia é que durante o governo Dilma/Lula já há "autonomia" operacional do Bacen. Os grandes bancos é quem mandam na política econômica do país. Não é por menos que o setor financeiro seja um dos setores que mais lucram. Só neste primeiro semestre os bancos lucraram R$ 37,2 bilhões

Nós não podemos permitir que a luta pelo nosso reajuste salarial e pelos nossos direitos estejam subordinada à campanha eleitoral. Para isto, é necessário que os bancários tomem a campanha salarial em suas mãos.

Exigimos que a Contraf e os grandes Sindicatos convoquem assembleias até o início da próxima semana (22/23 Set), a fim de avaliarmos a proposta econômica da Fenaban (dia 19/09) e, caso não exista acordo, construir um calendário que aponte o início da greve ANTES do primeiro turno das eleições.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Vice-presidente de Gestão de Pessoas do BB, Robson Rocha, usa o VOTO DE MINERVA para aprovar BÔNUS de R$ 500 mil para a diretoria da Previ

Os representantes do Banco falam muito em ética, mas o discurso é bem distinto da realidade. O Conselho Deliberativo da Previ, que tem metade de representantes eleitos pelo funcionalismo e metade indicado pelo Banco, aprovou, em 31/07/14, as regras que destravam o pagamento de um bônus retroativo aos diretores da Previ. Essa decisão aconteceu apenas devido ao voto de minerva do Presidente do Conselho, Robson Rocha, que é indicado pelo BB. Segundo nota da diretoria da Previ, este bônus corresponde ao programa de remuneração variável para equiparar os diretores da Previ aos executivos do Banco e o Conselho Deliberativo aprovou os “indicadores de desempenho de gestão" que servirão de parâmetro para o seu pagamento. Em 2013, ano pelo qual cada diretor fará jus a seis salários de bônus, a carteira de investimentos da PREVI sequer atingiu a meta atuarial dos planos de benefícios. O BET (Benefício Especial Temporário), recebido pelos aposentados do Plano 1, foi cortado por conta desse desempenho. 

Os salários dos executivos do Banco são uma afronta quando comparados ao piso salarial da categoria. Mais absurda ainda é a equiparação da remuneração dos diretores da Previ a dos executivos do banco e o pagamento deste bônus. A Previ não é banco e não foi construída para gerar lucro.

O Presidente da Previ recebe mensalmente vencimentos brutos de R$ 52.607,05, aproximadamente dez vezes a média dos benefícios pagos pela PREVI aos aposentados do Plano 01.  O bônus, que pode chegar a R$ 500 mil por semestre, amplia em muito essa diferença.

Ao mesmo tempo, muitos colegas do Banco estão passando por dificuldades em decorrência da extinção do BET e do retorno das contribuições do Plano 1. Há relatos de colegas aposentados que sofreram despejos ou foram obrigados a vender a casa própria para pagar dívidas. Há também uma procura dos aposentados às agências para renegociar dívidas por conta da desorganização financeira causada pelo fim do BET.

É vergonhoso que esta decisão tenha sido adotada sem qualquer consulta ao corpo de associados. As diretorias da Previ e do BB nos consultam, através dos plebiscitos, apenas quando querem formalizar os acordos de apropriação de superávit.

No Rio de Janeiro os membros do MOVIMENTO NACIONAL DE OPOSIÇÃO BANCARIA/ CSP-CONLUTAS,  ESTARÃO PRESENTES NO ATO EM FRENTE À PREVI, no dia 20/08, às 12h, exigindo:

- Que o governo Dilma se pronuncie e reverta esta decisão. Que o atual Presidente da Previ e o Presidente do Conselho Deliberativo sejam destituídos dos seus cargos.

- Que enquanto o pagamento do bônus não é anulado, os DIRETORES ELEITOS devolvam os valores recebidos aos cofres da Previ.

domingo, 17 de agosto de 2014

ISONOMIA JÁ! Fique por dentro!


PARTICIPE DOS ENCONTROS


O Encontro Estadual de Isonomia de MG 
Dia: 23 de agosto - Sábado a partir das 10h
Local: Sindicato dos bancários de BH e região (Tamóios, 611)


Encontro Nacional em Brasília
Os delegados serão eleitos no encontro estadual



SAIBA MAIS SOBRE A ISONOMIA:

As resoluções nº 9 e nº 10 do DEST suprimiram dos novos empregados direitos já consolidados para trabalhadores da Caixa e do BB. As diferenças de tratamento atingem os empregados admitidos após 1998, que exercem a mesma função dos antigos escriturários.

OS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS NEGADOS PELO BB AOS NOVOS FUNCIONÁRIOS:
-  Licença-prêmio de 18 dias por ano
- 35 dias de férias após 35 anos de trabalho
-  Igualdade de remuneração
-  Anuênio

DIREITOS SUPRIMIDOS NA CAIXA:
-  Licença-prêmio: 18 dias de licença por ano que podem ser gozados pelo empregado ou convertidos em remuneração.
-  ATS/Anuênio: adicional de 1% sobre o salário a cada ano de serviço prestado à empresa
-  APIPs - O gozo das APIPs foi conquistado em 2003. Em 2004, os trabalhadores obtiveram o direito à conversão do benefício em remuneração. Entretanto, este ainda é um direito que precisa ser renovado a cada ano no Acordo Coletivo, falta consolidá-lo através da sua regulamentação. 

A RETIRADA DE DIREITOS COMEÇOU DURANTE O GOVERNO TUCANO DE FERNANDO HENRIQUE
A distinção entre os funcionários contratados nos períodos pré e pós-98 nos bancos públicos iniciou durante o governo Fernando Henrique Cardoso com a publicação da resolução nº 9 do DEST – Departamento de Coordenação das Empresas estatais Federais, em maio de 1995. Esta resolução limitou e/ou excluiu direitos e benefícios de novos funcionários destes bancos, empossados a partir da data de sua publicação. 

A MANUTENÇÃO DA INJUSTIÇA NO GOVERNO LULA E DILMA
Os novos admitidos foram enquadrados em tabelas salariais achatadas, com perda de direitos como licença-prêmio, anuênio/ATS(Adicional por Tempo de Serviço), Vps e normatização dos Apips. Com base nestas resoluções, a partir dos novos concursos públicos diversas conquistas históricas dos trabalhadores passaram a ser ignoradas pelas instituições.

UMA HISTÓRIA DE LUTAS... 
O tema da isonomia nos bancos públicos federais sempre foi amplamente debatido em nossos encontros estaduais e em todas as campanhas salariais constou da nossa pauta de reivindicações prioritárias, mas a CONTRAF-CUT sempre colocou esta proposta de lado para privilegiar as remunerações variáveis e as campanhas eleitorais.

O PROJETO DE LEI NA CÂMARA
Em 2005 é apresentado o projeto de lei 6259 na Câmara dos Deputados, de autoria do deputado Inácio Arruda, dispondo sobre o retorno da isonomia para os funcionários dos bancos estatais. Até hoje (quase 10 anos depois) não foi votado, rodando em várias comissões da Câmara por negligência e falta de interesse dos líderes dos partidos e do governo.

O QUE MAIS É POSSÍVEL FAZER
No final de novembro de 2009, o Sindicato dos Bancários do Maranhão entrou com uma representação no Ministério Público do Trabalho questionando a isonomia na Caixa Econômica especificamente, onde persiste a diferenciação após a unificação dos planos de carreira. A esperança é que o MP acione o Judiciário para reverter esta injustiça, assim como fez com as terceirizações na Caixa. O Jurídico está analisando a possibilidade de entrar com uma representação para os empregados de outros bancos federais. Os demais sindicatos precisam seguir este exemplo!

REFLEXOS DA ISONOMIA NA VIDA DOS TRABALHADORES DOS BANCOS PÚBLICOS FEDERAIS
A retirada de direitos é uma lógica de mercado neoliberal. Por isso, o movimento sindical reivindica que os bancos públicos sirvam de exemplo para as demais instituições financeiras no que diz respeito ao tratamento de seus empregados.
A discriminação, sob qualquer aspecto, seja através de remuneração, tratamento ou supressão de direitos adquiridos gera um grande mal estar entre pessoas que exercem a mesma função. Inegavelmente, as resoluções do DEST criaram uma situação que afronta o princípio da igualdade, essencial para o respeito ao trabalhador.

OS LUCROS ESPETACULARES DOS BANCOS NÃO FAZEM OS BANQUEIROS SE DOBRAREM
Sem justificativa - Embora as direções dos bancos públicos federais aleguem que a isonomia poderá desequilibrar suas despesas com pessoal, os lucros atingidos pela Caixa e pelo Banco do Brasil nos últimos anos comprovam que isto não procede.
Rumo à isonomia - Para marcar a luta pela isonomia este ano, o movimento sindical deve apontar o tema como prioridade para as negociações específicas com os bancos públicos federais nesta Campanha Salarial.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Gerentes da Caixa Econômica Federal agora registram jornada de trabalho

A partir de 1º de agosto o registro de ponto eletrônico será obrigatório também para os empregados lotados em unidades da Caixa Federal ocupantes de função gerencial. Ficam fora do Sipon apenas os gerentes gerais das agências e dos postos de atendimento e, no caso das Superintendências Regionais, os gerentes regionais e os superintendentes regionais. Com a obrigatoriedade do registro de ponto eletrônico, os ocupantes de função gerencial terão respeitada a jornada e, no caso de prorrogação, as horas extras serão pagas.

Com essa decisão, a Caixa Federal passa a respeitar a legislação e atende uma histórica reivindicação dos sindicatos, apresentada na mesa de negociação permanente há mais de 10 anos.

Fonte: Fenae
http://www.sindicatocp.org.br

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

ASSEMBLEIA: Vc concorda com a solicitação de 12,5% de reajuste ou a acha rebaixada?

Colegas,

Vc concorda com a solicitação de 12,5% de reajuste ou a acha rebaixada? 

Amanhã, dia 5 de agosto, terça-feira, às 18h30 (em primeira convocação e às 19h em segunda convocação), bancárias e bancários da base do Sindicato realizam Assembleia Geral Extraordinária para deliberar sobre a minuta de reivindicações aprovada na 16ª Conferência Nacional e outros assuntos. 



Esta assembleia é muito importante pois tem o poder de ratificar, alterar alguns itens ou ainda aprovar uma pauta de reivindicações completamente distinta. Saiba a opinião do Movimento de Oposição Bancária de Belo Horizonte sobre os passos de nossa campanha até o momento:

Nós, do movimento de OPOSIÇÃO BANCÁRIA, entendemos que o problema começa com o índice: 12,5% não repõe a INFLAÇÃO REAL a que nos submetemos, com o aumento na moradia, serviços, alimentação. Devemos colocar a recomposição do salário da categoria como prioridade. Recompor salário não significa exigir apenas a inflação oficial do último ano. Há perdas salariais acumuladas. Além disto, a Contraf/CUT quer conduzir as negociações no mesmo formato dos anos anteriores. Nós sabemos qual a conseqüência dela - nossas reivindicações específicas, como a isonomia de direitos, a luta contra o assédio moral, demissões e descomissionamentos ficam totalmente secundarizadas. Nos últimos anos a PLR tem sido utilizada como moeda de troca. 

Além disto, a diretoria do Sindicato já quer aprovar nesta assembléia o valor que cada bancário irá pagar a título de contribuição assistencial o que está divulgando como 'outros assuntos'). Esta contribuição existe para restituir as despesas extraordinárias da campanha salarial. A pergunta que fazemos é: se a campanha nem iniciou, se não sabemos se haverá greve ou não, se não sabemos quais serão os gastos... como então aprovar o desconto previamente?


Amanhã, nós do MOB/BH defenderemos:

- Pauta de reivindicações mais avançada
- Desconto assistencial só deve ser definido após a conclusão da campanha salarial.
- Encontro de isonomia da Caixa precisa incorporar funcionários do BB
- Avançar na organização específica por bancos e setores : Convocar plenária dos funcionários do PSO do BB, para debater as condições de trabalho




quarta-feira, 30 de julho de 2014

Encontro do Movimento Nacional de Oposição Bancária

Caros Colegas,

acontecerá nos dias 2 e 3 de agosto o Encontro Nacional da Oposição Bancária em São Paulo. Esse encontro, além de ser uma oportunidade de troca de experiência com os demais colegas da Oposição de outros estados, discutirá as estratégias para ampliarmos nossas lutas e conquistas, como alternativa à Contraf/CUT. 

MNOB

O Movimento Nacional de Oposição Bancária surgiu em 2004, dentro da CSP-Conlutas, como uma alternativa à Contra/CUT, que encastelou-se no governo e tem freado a mobilização dos trabalhadores. 

Peço que, aqueles que tiverem interesse, entre em contato conosco o mais rápido possível para informamos maiores detalhes do encontro e confirmarmos a inscrição.  


João Ronaldo Ribeiro
(31) 9201-0153

Carine Martins
(31) 8888-7083

domingo, 27 de julho de 2014

Relato da Conferência Estadual dos Trabalhadores do Ramo Financeiro


De 18 a 20 de julho deste mês ocorreu, no município de Caeté, a 16ª Conferência Estadual dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. Neste encontro estiveram presentes bancárias e bancários de várias regiões de Minas Gerais. Apesar de aberto, infelizmente não houve muita presença de bancários de base, da ativa, independente dos sindicatos. Devido a pouca divulgação a maioria dos participantes eram diretores ou liberados sindicais.

Dentre os temas tratados no encontro, destacou-se o problema da terceirização e a necessidade de organizar a categoria para barrar o projeto de Lei 4330 que tramita no congresso; também foram abordados o problema da reestruturação produtiva nos bancos e a incorporação das novas tecnologias (que ainda causam insegurança sobre sua qualidade e o risco de causar desemprego). Um tema muito delicado que foi tratado de modo bastante esclarecedor no encontro diz respeito aos casos se suicídios, na qual a profissão de bancário é uma das mais atingidas. O Assédio moral e a condição das mulheres nos bancos também foram tratados.

Nós do Movimento de Oposição Bancária de BH e Região tivemos representações nos dois encontros. Levamos ao debate a necessidade de lutar pelas perdas salariais desde o período FHC, piso de DIEESE, PLR linear, fim das terceirizações e dos correspondentes bancários e negocial, fim das metas, fim das demissões, além do debate sobre estatização do sistema financeiro.

Ao final de inúmeros debates o encontro deliberou por propostas a serem encaminhadas à 16ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, realizada neste fim de semana, do dia 25 a 27 de Julho. Avaliamos que nossos dirigentes sindicais apresentaram, no encontro estadual, uma postura muito recuados na tarefa da negociação e que ainda encaram timidamente as possibilidades de mudanças, tão necessárias para os bancários. Para citar um exemplo, o debate sobre as perdas salariais no período FHC, ficaram de fora das reivindicações desta campanha salarial.

A conferência nacional vai finalizar a pauta que será encaminhada aos banqueiros e ao governo. Nesta conferência os bancários que organizam o MNOB – Movimento Nacional de Oposição Bancária – estarão presentes defendendo uma campanha forte e que lute por mudanças efetivas, como pela reversão de todos os ataque que nossa categoria sofreu nos últimos governos, desde 1996.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Em defesa da categoria, à Conferência Estadual dos Bancários de Minas Gerais

Neste fim de semana acontecerá no Hotel Tauá, em Caeté, a Conferência que irá definir um conjunto de propostas a serem debatidas nacionalmente na Conferência Nacional. Propostas que irão definir os rumos da campanha salarial deste ano. Sabendo de tal importância que estaremos lá em defesa da categoria.

Nos esforçamos nos últimos dias para garantir uma participação mais ampla da base, porém o mesmo não pode ser visto da parte da direção da Fetraf/CUT, que organiza a Conferência. Primeiro, por marcar a mesma em local que, além de difícil acesso, encarece os custos de organização. Da parte do Sindicato de BH e região, foi garantido transporte para ida ao Encontro. Porém o mesmo sai de Belo Horizonte na sexta-feira às 13h. Ora, qual o bancário que sai do serviço este horário? E mesmo que saísse, esqueceram que além de BH, representam trabalhadores em tantas outras cidades da Região Metropolitana. Ainda sobre o Sindicato de BH, a inscrição foi divulgada em seu site em apenas três dias antes do prazo final. Definitivamente, não há esforço dos setores da CUT que dirigem o Sindicato e a Fetraf para envolver a categoria nas discussões...


Mas certos de que podemos mudar os rumos que lá estaremos. Entre em contato conosco para saber como foi, ou mesmo se participou, venha conversar com a gente! Em breve divulgaremos nossa próxima reunião, acompanhe nosso blog!

domingo, 29 de junho de 2014

Copa do Mundo, Nações e Corporações




A Copa do Mundo de Futebol Profissional da FIFA está aí para mostrar o poder da propaganda. O chamado "esporte bretão" foi apropriado pela FIFA, assim como suas variantes (futebol de salão e futebol de areia). O domínio da instituição sediada na Suíça, mas com tentáculos em todos os continentes, menos o Antártico, mistura esporte, negócios e política. Dos três segmentos, o de maior destaque é o de negócios, seguido pelo político e, por fim, o que seria o fim da própria Federação Internacional de Futebol Associado: o futebol.

Isso fica tão claro, que antes de se realizarem os eventos da FIFA, são negociados contratos de publicidade e transmissão. Após essa fase, já com o dinheiro no bolso, chega o momento de comprar apoio político para obter isenções fiscais e destinar muitos contratos aos parceiros da FIFA. A representação indevida de nações pelas confederações, federações e associações desportivas tenta aproximar o jogo de símbolos como bandeiras e hinos nacionais, enfim, exaltar patriotismos e rivalidades entre os países.


Hierarquia e tratamento diferenciado

Como segue a cartilha do capitalismo, o negócio futebolístico aprofunda diferenças de status, seja por meio da remuneração desigual entre atletas de países, de clubes e, até, de posições diferentes. Todos sabemos que os jogadores que atuam no ataque costumam receber mais dinheiro que os jogadores de outras posições, repetindo no esporte uma hierarquia que não está presente no jogo praticado desde a infância por milhões de pessoas. O atacante recebe mais que o meio-campista, que recebe mais que o defensor, que recebe mais que o goleiro. Essa fórmula, algumas vezes, pode apresentar uma ou outra exceção. Porém, no quadro geral, é isso aí que se definiu no desenvolvimento negocial do futebol.

Uma surpresa na replicação do capitalismo dentro das quatro linhas é o fato de gestores das equipes receberem salários inferiores aos das estrelas que estão sob sua condução. Após um resultado negativo, corta-se a cabeça de um treinador, mas não se mexe no quadro de estrelas futebolísticas. O que, no meio corporativo, costuma ser diferente: diretores e gerentes mantêm suas posições, enquanto os segmentos inferiores da hierarquia corporativa apresentam demissões.


Dependência financeira

Por se tratar de um negócio, o futebol também apresenta cada vez mais dependência do capital financeiro, seja pelas negociações de atletas, seja pelos contratos de publicidade e propaganda em seus uniformes e equipamentos. Uma dependência que vem sendo negligenciada pela replicação de modelos de gestão semi-profissionais ou totalmente amadores. Muitos clubes apresentam dívidas milionárias perante o Estado e suas respectivas federações, e muitas federações apresentam o mesmo em relação às confederações e associações "nacionais" de futebol.

No Brasil, ainda existe uma relação de dependência dos times perante a maior empresa de comunicação do país, a Rede Globo. Mas tal dependência é basicamente financeira, em função de "adiantamentos" de receitas de publicidade auferidas pela Globo de contratos atuais e futuros de transmissão dos campeonatos relacionados ao esporte.

Mesmo sendo um setor deficitário para quem administra o dia-a-dia do futebol, o esporte ainda gera lucros exorbitantes para os grupos que exploram o esporte fora de campo. Não se cogita a redução de salários, assim como não se cogita a proibição de contratos publicitários entre os atletas. Isso dá mais liberdade ao capital para movimentar-se da periferia para os grandes centros.


Nacionalismo e rivalidades

Então, em ano de Copa do Mundo, exige-se do trabalhador comum um patriotismo que nada tem a ver com o esporte. Este trabalhador está afastado do mundo de salários altíssimos e badalação comercial, assim como o jogador da periferia - muitas vezes amador e/ou informal - que ainda não foi "descoberto" pelo esquema comercial de atletas.

Ao se recusar a torcer pela seleção que "representa" o seu país numa competição, o trabalhador está exercendo o seu direito de escolha, um direito político de curtir o futebol como o fazia em sua infância, espelhando-se em ídolos que honravam seus clubes e que muitas vezes dispensavam transferências milionárias para jogar no "clube do coração". A recusa em cantar o hino nacional deve ser respeitada, pois estão em campo atletas com passaportes europeus, o que demonstra que o negócio está acima da prática do esporte.

Torça, pratique futebol, mas não esqueça de tratá-lo com a devida deferência enquanto não for corrompido por interesses extra-campo. Torça pelo futebol bem jogado, independentemente das cores dos atletas e dos uniformes que eles ostentam. Não devemos nos render a práticas espúrias e corrompidas em nossas vidas, por que exaltá-las, então, no esporte?


José Cristian Pimenta
Escritor e Funcionário do Banco do Brasil

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Encontro Estadual do Ramo Financeiro - PARTICIPE!!!



Nos últimos anos temos assistido o mesmo filme nas campanhas salariais, que já começam com uma pauta fraca e termina com acordo ainda mais rebaixado, fruto do processo de desarticulação promovida pela ala governista da Contraf/CUT. Isso tem gerado uma onda de insatisfação, que de forma organizada pode ser combatida para termos uma campanha que realmente seja vitoriosa para os bancários, e não para os banqueiros.

E para começar, nós do Movimento de Oposição Bancária de BH (MNOB/BH) e região, convidamos os colegas interessados em fazer parte dessa mudança a participarem dos Encontros que irão definir parte da pauta da campanha deste ano. É uma excelente oportunidade para expressar nossa vontade e fortalecer uma alternativa de luta para a categoria.

O Encontro Estadual do Ramo Financeiro é aberto a qualquer bancário (sindicalizado ou não) e neste ano acontecerá no Hotel Tauá, em Caeté, nos dias 19 e 20 de Julho. Neste encontro serão eleitos delegados que participarão da Conferencia Nacional do Ramo Financeiro em SP nos dias 26,27 e 28 de Julho, onde se definirá a pauta de reivindicação da categoria para a FENABAN. A participação nos dois encontros tem todas as despesas garantidas pelo Sindicato. Tendo interesse se inscreva no sindicato (31) 3279-7800 ou fale conosco (Tel: (31)8888-7083 se CEF ou Privados e (31) 9417-0444 se BB)!