quinta-feira, 26 de junho de 2014

25° Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil

Subordinar a campanha salarial à reeleição da Dilma, eu digo NÃO. A luta dos trabalhadores tem obrigatoriedade de ter independência dos patrões e dos partidos pra avançar. Esse congresso não representa o pensamento da categoria. Por tudo isso nos retiramos do congresso onde a Cut (maioria de dirigentes sindicais presentes) quer aprovar um apoio da categoria à reeleição da Dilma.

Segue abaixo o posicionamento da Oposição Sindical Bancária, e o video da nossa defesa junto com algumas correntes:




Colegas,

Nos dias 06, 07 e 08 de junho, aconteceu o 25° Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil. A Oposição participou com seus delegados, propondo que tivéssemos um pauta diferente dos últimos anos para nossa campanha salarial. Acreditamos que a nova situação do país, aberta com as manifestações de junho de 2013, elevaram o patamar das possibilidades de conquistas para os trabalhadores. Muitas categorias entenderam isso: o caso mais expressivo foi o dos garis do Rio de Janeiro, que conquistaram 37% de reajuste.

Nas diversas mesas (Organização do Movimento, Saúde , Sistema Financeiro nacional e remuneração) a Oposição ensejou o debate aberto e claro em busca de uma pauta de reivindicações diferenciada para o conjunto da classe. No entanto, a Articulação Bancária, corrente a que pertencem a grande maioria dos diretores do Sindicato de São Paulo, tentou enviesar a nossa campanha salarial com a aprovação de apoio à reeleição da Presidente Dilma. Assim, enquanto estávamos preocupados em organizar a luta dos bancários para enfrentar o governo, eles se preocupavam em repetir à exaustão como os governos do PT foram bons para os bancários.

Nós acreditamos que os governos do PSDB foram terríveis para os bancários. Mas, infelizmente, durante os 3 mandatos de governos do PT, não só não reconquistamos aquilo que perdemos sob FHC, como sofremos ainda mais ataques, como o Plano de Funções, que transformou nossa principal reivindicação – a jornada de 6 horas sem redução salarial – em um ataque contra nós. Por isso, não podemos compactuar com esta decisão.Entendemos que votar o apoio à Dilma no Congresso significaria atrelar nossa campanha salarial a reeleição do governo do PT.

Nós, da Oposição, sempre fizemos questão de afirmar que, para lutar pelas nossas reivindicações, precisamos ter independência em relação à direção do BB e ao governo. Com esta votação, a direção do movimento bancário só comprova que não está à altura desta tarefa. Eles são parte do governo.

Por isso a Oposição retirou-se do Congresso, negando-se a participar desta votação. Queremos construir, junto com todos os funcionários do BB uma campanha salarial diferente, que nos traga conquistas superiores às que tivemos nos últimos anos. As eleições presidenciais devem ser, para nós, motivo para conquistarmos ainda mais, e não o contrário, como quer a Articulação Bancária. Os bancários devem tomar a campanha salarial em suas mãos, atropelando todos os obstáculos que se colocarem em seu caminho, até mesmo a direção do Sindicato., se for necessário.

A seguir o link da defesa apresentada no congresso. Companheiros da Intersindical e CSP - Conlutas defendendo o não atrelamento da campanha salarial dos funcionários do BB à eleição de outubro.





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