quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Proposta de 6 % é insuficiente e a saída é a greve !



No dia do bancário, os banqueiros apresentaram uma proposta de 6% de reajuste em todas as verbas salariais. A nova mesa de negociação do dia 04 de setembro não teve avanços. Essa proposta de reajuste se aproxima do que foi pedido pela CONTRAF/CUT de 10,25%, o que mostra a total submissão da direção do movimento ao interesse dos banqueiros, sem qualquer mobilização de verdade na categoria. Na opinião do MNOB trata-se de uma proposta que só atualiza o índice da inflação e não repõe em nada as perdas da categoria.

Enquanto os banqueiros nos oferecem esse valor rebaixado, as instituições financeiras têm uma lucratividade recorde, de aproximadamente 20% ao ano. Isto significa que um grande banco em cinco anos praticamente dobra seu capital. Tudo isso vai para o bolso dos banqueiros e nós sabemos que esse resultado não é fruto do trabalho dos patrões, afinal, a única coisa que eles fazem é administrar os lucros e buscar formas de extrair dos bancários e dos clientes cada vez mais. Esse resultado é conquistado a partir de um ritmo de trabalho enlouquecedor que é imposto sobre a categoria bancária e também extorquindo cada vez mais a população com juros e tarifas.

Os bancos estatais agitam o discurso do Governo Dilma que estariam baixando os juros e isto justificaria, além da crise internacional que ronda o país, a obtenção de “receitas menores”.

É mentira! O lucro da Caixa subiu 25,2% em relação ao primeiro semestre de 2011 e sua carteira de credito subiu 44,6% em 12 meses. Isto aumentou a projeção de crescimento da carteira de financiamento de 33% para 42% em 2012, num banco que é de propriedade integral do governo. O Banco do Brasil teve queda no lucro de 10% no primeiro semestre porque diferente de 2011, não se apropriou do dinheiro da PREVI e ainda represou mais dinheiro para suportar a inadimplência e os pagamentos de ações trabalhistas. Ao contrário do discurso do banco, com o programa “Bom pra Todos”, a receita com tarifas aumentou, passando de 8,495 milhões no primeiro semestre de 2011 para 10,308 milhões no primeiro semestre de 2012. A receita com as operações de crédito também aumentou, com a margem financeira subindo 14,1% em relação ao primeiro semestre de 2011. Os balancetes demonstram que o "Bom pra Todos" foi bom apenas para o lucro do Banco do Brasil.


Vamos construir a greve!

Todos os números acima demonstram que o problema não é a falta de dinheiro. Mas isto não significa que podemos esperar que dos banqueiros e do Governo Dilma compreensão e atendimento das nossas demandas. Sem uma forte greve que envolva a categoria não poderemos ter nossas reivindicações atendidas. O funcionalismo federal mostrou o caminho, e que é possível construir uma greve que não siga roteiros pré-determinados. A categoria dos servidores federais fez Dilma voltar atrás, quando disse que não negociava e devido à força das mobilizações teve que fazer acordos que significaram concessões importantes.

Nesse sentido achamos fundamental construir a greve de forma unificada com os trabalhadores dos Correios, petroleiros e metalúrgicos, que têm data base próxima a dos bancários. Já como forma de fortalecer a categoria, o Movimento Nacional de Oposição Bancária propõe iniciar nossa greve no próximo dia 12 de setembro, data indicativa da greve dos trabalhadores dos Correios.

O plano de lutas precisa dar destaque para reivindicações importantes como a jornada de seis horas no Banco do Brasil e isonomia na Caixa. Independentemente da CONTRAF/CUT ocorreram mobilizações sobre esses temas, impulsionadas pelas oposições, em vários estados,. Isto demonstra, além da importância de lutar pelo índice, que temos força para conquistar muito mais. Mas para isso é preciso pressionar a CONTRAF/CUT e os sindicatos a convocar imediatamente assembléias em todo o país para rejeitar a esmola dos patrões e construir esse plano de lutas, rumo à greve!
 

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