segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Negociações Paradas. A Saída é Fortalecer a Greve!


A greve nacional bancária está entrando em sua terceira semana e o impasse permanece. Os negociadores do BB dizem estar atuando "para alcançar uma solução nas negociações da FENABAN", mas sequer estiveram presentes na reunião da Fenaban na última quarta-feira. Afirmam sua disposição em negociar "com a firme intenção de fechar o Acordo Coletivo". Ao mesmo tempo ameaçam punir os trabalhadores com desconto dos dias de greve e solicitam interditos proibitórios na justiça para tentar inibir o movimento grevista.

É um escândalo que uma presidente eleita por um partido que se construiu nas grandes greves da década de 80, adote hoje uma postura de tamanha truculência querendo punir os trabalhadores em greve. A greve é um direito e apenas recorremos a ela pela intransigência do governo em atender nossas reivindicações. Eles são os responsáveis por esta situação. Portanto não cabe nenhum tipo de punição aos trabalhadores que estão reivindicando seus direitos.

Quando é para fazer propaganda de sua política econômica, Dilma afirma que o Brasil está preparado para enfrentar a crise. Ela chegou a oferecer ajuda à União Européia para enfrentar a crise econômica mundial. Mas o discurso muda quando é para falar das reivindicações dos trabalhadores. Precisamos lutar por um aumento decente e pela retomada de direitos neste ano, pois a chantagem sobre o cenário de crise econômica tende a ser ainda mais forte na Campanha de 2012.

Depois de BRB e Banpará, Banrisul também apresenta proposta.

Em um cenário de greve se ampliando a cada dia, as direções de diferentes bancos buscam solucionar o impasse nas negociações gerais, apresentando propostas em separado para seus funcionários. O Banrisul é mais um banco a seguir esse caminho reconhecendo a força do movimento. Entre outros itens a proposta do Banrisul prevê reajuste de 12% para o piso salarial e reajuste na gratificação de caixa de 17,87%. Essas propostas apresentadas por fora da Mesa Única definem parâmetros importantes para nossa greve. A elevação do piso no BRB para um valor acima do pago no BB e a reconquista da licença-prêmio no BanPará não podem ser ignorados nas nossas negociações.

Fazemos o chamado a todos os que ainda não aderiram ao movimento, que o façam nesta semana. Apenas com a ampliação do número de funcionários fora do ponto poderemos forçar o Banco a apresentar uma proposta que atenda aos nossos interesses. Temos este ano a greve mais forte já realizada pelo setor de Alta Renda do Banco, com cerca de 30% de adesão, incluindo um número crescente de gerentes. É preciso avançar ainda mais. Esse é o momento de fazer o Banco reconhecer nosso trabalho e o incrível volume de negócios que realizamos ao longo do ano, gerando um lucro bilionário.

Precisamos da participação dos bancários em greve para alcançarmos a vitória.

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