terça-feira, 29 de março de 2011

Direção da CEF vira 'balcão de negócios' entre governo, PT e PMDB

Os empregados da Caixa não devem ter qualquer ilusão sobre o novo presidente do banco, Jorge Hereda. Assim como Maria Fernanda, Hereda é petista de carteirinha e cumprirá de olhos fechados as ordens do governo. Já vamos nos preparar pra luta!

Fonte: Sindicato dos Bancários de Baurú/SP, filiado à CSP-Conlutas - www.seebbauru.org.br

SEIS POR MEIA DÚZIA: Sai Maria Fernanda, petista de carteirinha, entra Jorge Hereda, petista de carteirinha. Maria Fernanda saiu desgastada pelo escândalo do PanAmericano. Era preciso um novo capacho...

Na semana passada, Maria Fernanda Ramos Coelho, presidenta da Caixa, deixou seu cargo. Conhecida pelos elogios de Dilma Rouseff, ao cumprir à risca o "Minha Casa, Minha Vida", famosa pelo escândalo do Banco PanAmericano e muito impopular entre os empregados por sua irritante truculência e por sua sede insaciável em retirar direitos dos trabalhadores, a saída da presidenta e seus 'cupinchas' da direção da CEF tem outros vários ingredientes da mais rasteira politicagem brasuca.

Apesar de ser uma protegida do ministro da Fazenda, Guido Mantega, Maria Fernanda não resistiu à pressão do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, que, por sua vez, defendia os interesses de Geddel Vieira Lima, do PMDB.

O Palácio do Planalto avalia que Maria Fernanda não teve culpa na péssima transação de compra de 49% do PanAmericano, já havia sido notoriamente contrária à vergonhosa operação que envolveu Silvio Santos. Porém, a briga política entre Palocci e Maria Fernanda foi ganhando proporções cada vez maiores, até que o chefe da Casa Civil avisou: se ficasse, teria de aceitar Geddel na direção da empresa, não podendo pedir pra sair logo depois porque assim provocaria uma crise com o PMDB. Ela, então, pediu logo pra sair. E já veio outro petista...

Barganhas à parte, Maria Fernanda preferiu alegar motivos pessoais na decisão. Com sua saída, assume a Caixa, como vimos, um outro petista, o baiano Jorge Hereda, que era vice-presidente de assuntos governamentais. Hereda, que não é empregado de carreira da Caixa, conta com o apoio de um poderoso time de petistas, como Marta Suplicy, Paulo Bernardo e o já mencionado Palocci, além de agradar em cheio também à presidenta Dilma, que, em síntese, só fez 'trocar seis por meia dúzia', afagando, assim, sua faminta turminha de apadrinhados petistas e peemedebistas, ávidos por cargos.

Com a 'curriola' de barriga cheia, resta agora saber quando novos empregados serão contratados, para entrarem, estes sim, pela porta da frente na CEF.

2 comentários :

  1. Parabéns, Carine por aceitar este desafio de ser a candidata a presidente da chapa para as eleições dos bancários. Meu voto é seu!
    Martha Souza

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