quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Proposta do BB é insuficiente! É possível conquistar mais!

Para quem disse nos boletins internos que tem pressa em fechar o acordo e pôr fim à greve, a proposta divulgada nesta segunda-feira está longe de atender às reivindicações dos bancários do BB e muito aquém das possibilidades de uma das maiores instituições financeiras do mundo. Chega a ser inferior à proposta apresentada pela FENABAN, como no item que trata da valorização do piso salarial.

- O índice de 7,5% é menor do que os conquistados por categorias como metalúrgicos e petroleiros, 10,8% e 9%, respectivamente, além de abonos;
- A proposta de aumento de 13% no piso é inferior ao índice de 16% aplicado pela FENABAN. Caso fosse aplicado o percentual da FENABAN, o piso de ingresso seria R$ 1.642,56, e não R$ 1.600,00, como propõe o BB. Esta diferença chegaria, em um ano, a R$ 553,28;
- Não cumpre sequer o compromisso do acordo anterior - um novo PCCS. O PCR não tem definições claras e estimula ainda mais a dependência das comissões, além de não elevar o atual interstício (3%) de promoção horizontal por tempo de serviço;
- Estabelece a possibilidade de utilização da GDP como instrumento para descomissionamentos;
- Além de não resolver os principais problemas dos funcionários oriundos do Banco Nossa Caixa, ainda propõe a entrega de um direito, a Gratificação Variável, em troca de uma indenização;
- Com a proximidade do segundo turno das eleições devemos cobrar de Lula que cumpra todas as suas promessas no seu último ano de governo. Se quer votos para a sua candidata, que reveja a "herança maldita" do governo FHC, concedendo 18 dias de licença prêmio para todos (isonomia), retornando o PCCS vigente até 1995 e a jornada de 6 horas, bem como retire a maldade do seu próprio governo - a lateralidade. Que o BB restitua, como fez o BRB, o anuênio.


CONTRAF/CUT se alia ao BB para novamente trair nossa greve!

A Contraf/CUT, como tem feito em todas as campanhas, no momento em que conseguimos sentar para discutir nossas questões específicas, defende o recuo da greve e o acordo "histórico". Histórico é o lucro do Banco. Não temos aumento real porque continuamos acumulando perdas desde o plano Real.
A força de nossa greve, que é a maior desde 2004, e a proximidade do segundo turno das eleições nos abre a possibilidade de conquistar muito mais, avançando em temas fundamentais de nossa pauta específica.


A Oposição Bancária-SP (MNOB) defende a apresentação de uma contraproposta ao BB
Apresentamos abaixo propostas que consideramos essenciais para garantirmos um acordo vitorioso.
1) Piso de ingresso de R$ 1.647,23, através da aplicação do mesmo índice apresentado pela Fenaban (16,33%) sobre o valor atual;
2) Defendemos que seja aplicado 12% sobre todas as verbas e benefícios
3) Apresentação dos critérios a serem adotados no PCR (promoção por mérito). Não podemos dar um cheque em branco à empresa que já nos enrolou em vários itens de acordo, como o plano odontológico;
4) Abono dos dias de greve. A compensação dos dias de greve, nos mesmos moldes do ano passado, tem o objetivo de jogar as pessoas contra a greve, enfraquecendo a nossa luta a cada ano. Medida adotada por este governo, de um ex-sindicalista, que se construiu fazendo greves. Não podemos aceitar punições aos que lutaram para garantir direitos para todos;
5) Retorno do anuênio (1%) para todos os funcionários, a exemplo do acordo do BRB;
6) Isonomia: Licença-prêmio 18 dias por ano para todos. Para um banco do porte do BB o que significaria 5% (18/360) de acréscimo por ano na sua folha, sem incidência de qualquer encargo?  Muito pouco. Em contrapartida, estes 18 dias significam para a maioria dos funcionários da ativa (pós-98): respeito por seu trabalho, direito ao descanso ou uma reserva para quem precisar. Além disso, esta conquista contemplaria os funcionários oriundos dos bancos incorporados que haviam perdido este direito.
7) Jornada de 6 horas para todos, sem redução de salários, conforme previsto em lei e reconhecido pela própria Justiça do Trabalho, com a incorporação dos 15 minutos à jornada, como no acordo do BRB;
8) Fim da lateralidade / retorno das substituições para todas as comissões;
9) Incorporação das comissões ao salário, como no acordo do BRB;
10) Retorno dos interstícios de promoção horizontal vigentes até o PCCS de 1995 (12 e 16%);
11) Comitê de ética com composição paritária (entre eleitos e indicados pela empresa) e canal direto com os denunciantes;
12) Fim da trava de dois anos;
13) Para os funcionários oriundos do BNC, manutenção do Economus, com a possibilidade de utilização da CASSI e manutenção da Gratificação Variável enquanto não haja a extensão da Licença Prêmio para todos.
14) Contratação imediata de novos funcionários para resolver o caos que vive as agencias. 
Consideramos que a greve por nossas questões específicas, depois da enrolação da mesa da Fenaban, pode empolgar o conjunto do funcionalismo . Necessitaremos, entretanto que os grevistas saiam às ruas e se incorporem aos piquetes e mobilizações. Necessitaremos acabar com os sites de contingência. A greve terá que ser de todos -comissionados ou não.

MNOB/SP - Movimento Nacional de Oposição Bancária  (CSP-Conlutas) 

0 comentários :

Postar um comentário