A campanha salarial dos bancários já começou e uma das
principais bandeiras dos funcionários da CEF é a luta pela ISONOMIA! Este
ano precisamos construir a uma campanha salarial diferente das outras! Mesmo
com um índice rebaixado de 10,25% (definido pela direção
majoritária CONTRAF e que nem de
longe representa aumento digno aos trabalhadores do ramo financeiro,
comparado com o lucro médio dos bancos), precisamos avançar na conquista de
direitos! A luta pela Isonomia na CEF, que busca reconquistar direitos
retirados dos funcionários que entraram após o concurso de 1998, é parte da
luta por igualdade de direitos no trabalho, contra o aumento da nossa
exploração, o sucateamento dos bancos públicos, dentro da lógica da
lucratividade. Hoje cerca de 50 mil bancários só na Caixa Econômica Federal,
estão sem licença premio e ATS, o que dar a essa campanha uma importância
fundamental para resgatar a parte do que foi retirado da categoria bancária
durante anos, sem falar no arrocho salarial. Por isso o encontro de isonomia propõe A realização no próximo dia 31
do Dia Nacional de Mobilização, para abrimos a campanha por isonomia na CEF,
em que usaremos a cor vermelha e faremos atos e paralisações nas principais
agencias e prédios em todo o pais. Participe!
Encontro de Isonomia
Neste ultimo final de semana 13, em são Paulo realizou-se o
encontro nacional dos empregados da caixa, para debater e organizar a luta
por isonomia de direitos entre bancários novos e antigos no banco federal.
Apesar de este ser um assunto de interesse da maioria dos bancários da CEF, o encontro foi esvaziado e não deliberativo. Como era de se esperar a direção da CONTRAF/CUT não divulgou o encontro, definiu a data uma semana antes e o local dois dias antes de sua realização. Essa não foi a primeira vez que presenciamos tal postura, o que na prática tem o objetivo consciente de esvaziar o encontro e evitar que haja participação efetiva da base, pois isto pode pressionar a direção do movimento a encaminhar uma forte luta pela isonomia, o que faria a estes setores se chocarem com o governo. Pouco mais de 90 bancários de vários estados brasileiros participaram do encontro que encaminhará ao CEE (conselho ...) o seguinte calendário de Lutas, que será impulsionado pelos setores combativos e autônomos da nossa categoria, independente do Governo e dos Patrões. Exigimos que a estruturas financiadas pela categoria esteja a serviço deste calendário.
- Campanha pública com cartazes, cartilhas e adesivos buscando mobilizar a base da categoria com exigências a Dilma e a direção da CEF;
- Dia 31 de agosto será o DIA DA COR VERMELHA em que faremos atos e paralisações nas principais agencias e prédios da CEF;
- Realização de encontros estaduais de mobilização, bem como incentivando criação de comitês estaduais/regionais pela isonomia;
- Promover um dia de luta pela Isonomia durante a greve e agitar que só terminaremos a greve com avanços na pauta de isonomia;
- Realização de uma caravana até Brasília, no início da greve, no momento oportuno como dia de negociação com a CEF ou a solicitação de uma audiência pública;
O q é isonomia?
A luta pela isonomia nos bancos públicos federais surgiu após a
publicação das resoluções nº 10 de 1995, e nº 09 de 1996, publicadas pelo
Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST), na
época em que José Serra era ministro do Planejamento e Orçamento. Com isso,
os trabalhadores que ingressaram após esta data no Banco do Brasil, Caixa,
BNB, BASA e Casa da Moeda perderam uma série de direitos em relação aos
antigos funcionários. Essas resoluções foram publicadas no governo FHC, mas
nem o Governo Lula, nem o atual Governo Dilma reverteram a situação dos
bancários.
A direção
CONTRAF/CUT, para não se chocar diretamente com o Governo Dilma, coloca
como tarefa a “pressão parlamentar” para que o PL 6259/2005 (que
trata da isonomia para os funcionários das estatais) seja encaminhado. No entanto, o que
temos visto há 7 anos é que esse projeto segue sendo discutido e engavetado
reiteradas vezes por parlamentares ligados ao Governo Dilma, conforme os seus
interesses, e, por isso, entendemos que o que pode de fato arrancar essa
reivindicação é a organização e a luta.
Diante da atual conjuntura em que os trabalhadores da Europa
também perceberam que contra a retirada de direitos só a luta direta nas ruas
pode vencer, em que milhares de trabalhadores Brasileiros estão em greve
(hoje são mais de 30 categorias, desde as Universidade Federais, passando
pela ANVISA e Policiais Federais), nós bancários também devemos nos preparar
para enfrentando nas ruas os ataques comandados pelo governo federal.
Assinam:
- MNOB - Movimento Nacional de Oposição Bancária
- Movimento Bancários podem Mais
- CSP-Conlutas - Central Sindical e Popular
- Unidos Para Lutar
- Intersindical
- SEEB Espírito Santo
- SEEB Maranhão
Facebook: http://www.facebook.com/IsonomiaJa
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