Os ganhos dos bancos com juros
cobrados de empréstimos para clientes individuais subiu para o maior patamar
desde fevereiro, segundo informou o Banco Cental (BC) nesta quinta-feira (29).
O spread bancário, que é a diferença entre os juros pagos pelos
bancos e o que eles cobram dos clientes, subiu para 25,7 pontos percentuais,
alta de 5,33% em relação ao mês anterior (24,4 p.p.). Em relação ao ano
anterior, porém, os ganhos com juros dos bancos tiveram uma redução de 3,75%
(26,7 p.p.).
Spread é o ganho que os
bancos têm com os juros. Quando eles emprestam dinheiro para seus clientes,
como no cheque especial, cobram juros muito maiores do que os juros que pagam
aos clientes que investem em CDB, por exemplo. Essa diferença de juros é que é
chamada de spread.
Segundo os bancos, o
spread embute o ganho deles, mas também é composto, entre outros, por gastos
com calotes, tributos, operações administrativas e depósitos compulsórios
(valor obrigatório que os bancos deixam sob controle do BC).
As taxas para empresas são
mais baixas do que as cobradas de clientes individuais, mas também registraram
alta, subindo de 10,2 p.p. em junho para 10,8 p.p. em julho, segundo o BC.
No período, o spread
bancário médio foi de 17,7 pontos percentuais, acima dos 16,8 pontos percentuais
vistos em junho, segundo dados revisados.
Inadimplência fica estável
A inadimplência,
apontada como um dos fatores para a alta do spread dos bancos, ficou em 5,2% em
julho, mesmo nível verificado no mês anterior.
Taxas de juros também sobem
A taxa
média de juros das operações de crédito com recursos livres
(praticadas pelo bancos) alcançou 36,2% em julho, assinalando-se expansões
respectivas de 6,5 p.p. e 0,8 p.p. nos empréstimos de crédito pessoal
não consignado e nos financiamentos de veículos.
0 comentários :
Postar um comentário